segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Morte de Steve Jobs

Steve Jobs eo Macintosh

   
  Nas últimas três décadas, o computador pessoal permitiu acesso a serviços em rede que mudaram os hábitos de pessoas em todo o mundo, tornando-se um utensílio indispensável nos lares. Mais recentemente, dispositivos móveis como smartphones e tablets conferiram mobilidade aos recursos oferecidos na internet, unindo-os à telefonia e à editoração.


  Por trás dessas inovações estava o talento de Steve Jobs. Morto no último 5 de outubro aos 56 anos, vítima de uma forma rara de câncer no pâncreas, o fundador da Apple transformou as indústrias de computação, música, telefonia, publicação e animação digitais.

   A originalidade do executivo consistia em melhorar os produtos eletrônicos, de modo a proporcionar funcionalidade, viabilidade comercial e popularidade aos aparelhos. À frente da empresa que criou e presidia desde 1997, desenvolveu uma linha de produtos com o prefixo “i” que viraram sinônimos de tecnologia e design.

   No começo do século, a Apple lançou o tocador de música iPod, que mudou a maneira de se consumir música e, juntamente com a loja virtual iTunes, apontou caminhos para a indústria fonográfica, debilitada por conta da pirataria. Com o iPhone, que substituiu os teclados pela tela sensível ao toque, a empresa popularizou os telefones com acesso à internet, os chamados smartphones. Por fim, o iPad revolucionou os tablets e inaugurou uma era pós-PC.

   No ramo dos negócios, Jobs desenvolveu um padrão de sucesso. No período em que ficou afastado da firma, entre 1985 e 1996, a Apple quase foi à falência diante de seu maior concorrente: a Microsoft, de Bill Gates. Com o retorno de Jobs, o valor das ações cresceu de US$ 5 para mais de US$ 370. Sob seu comando, a Apple se tornou uma das corporações com maior valor de mercado do mundo.

   Em tratamento médico desde 2003, ele somente deixou a presidência em agosto deste ano, para ficar ao lado da mulher e dos quatro filhos.

Computadores

  Steven Paul Jobs nasceu em 24 de fevereiro de 1955 em São Francisco, Califórnia, filho de dois estudantes universitários que o colocaram para adoção. Em meio ao ambiente hippie dos anos 1960, experimentou drogas psicodélicas e abandonou a faculdade aos 17 anos para fazer um curso de caligrafia e uma viagem à índia.

   Quando retornou aos Estados Unidos, criou, junto com o amigo Steve Wozniak, o primeiro computador pessoal do mundo, o Apple 2. Nascia ali, na garagem dos pais, em 1976, a empresa que faria do computador um produto de massa, um eletrodoméstico tão comum quanto TV e geladeira.

   Na área da computação, a maior contribuição de Jobs foi o Macintosh, desenvolvido em 1984. O Macintosh virou referência em computadores pessoais. Diferente dos demais à época, o aparelho tinha uma interface gráfica mais intuitiva, com ícones que facilitavam o acesso aos arquivos. Antes, era preciso digitar comandos para interagir com a máquina.

   No ano seguinte, aos 30 anos de idade, Jobs foi afastado de sua própria companhia, numa disputa de poder com um executivo que ele mesmo contratara. Ao sair, fundou outra firma de computação, a NeXT, e comprou de George Lucas, por US$ 10 milhões, a produtora de animações Pixar. Duas décadas mais tarde, a Pixar, que tinha em seu cartel sucessos como “Toy Story” e “Procurando Nemo”, foi vendida por US$ 7,4 bilhões.

   Em 1997, Jobs retornou à Apple para salvar a empresa da falência. Lançou, nos anos seguintes, o iPod (2001), o iPhone (2007) e o iPad (2010), fazendo da Apple uma das empresas mais lucrativas do planeta.

(texto adaptado do site UOL Educação)


Nenhum comentário:

Postar um comentário